Milão é uma cidade linda, cheia de arte e monumentos mas que, pra mim, não precisa de mito tempo para ser visitada. Fui pra lá três vezes em 2018 – em março, abril e dezembro, isso porque consegui ótimos voos de lá para São Paulo e usei a cidade como base para conhecer a região.

O que Fazer em Milão

Duomo + Galeria Vittorio Emanuelle

Em primeiro lugar, se eu tivesse que escolher um único lugar para estar em Milão seria Piazza del Duomo. Você pode viver quinze minutos ou quatro horas por lá e sair extasiado.

Pra mim, a galeria Vittorio Emanuelle é muito bonita, elegante e cheia de lojas de grife que não me interessam, por exemplo Prada, Gucci, Louis Vuitton, entre outras. De forma geral, não são compatíveis com meu orçamento ou estilo de vida. Ainda assim, acho super válido fazer a caminhada da Piazza del Duomo e a Piazza della Scala –  a galeria foi originalmente um corredor entre essas duas praças – admirando a decoração e até mesmo o chão,  decorado com mosaicos com os signos do zodíaco. Ah, não esqueça de girar o calcanhar “nas bolas” do touro para ter sorte. A galeria fica aberta 24h.

Já a Duomo… Considero uma das catedrais mais imponentes que já vi na vida, e nem consegui vê-la por dentro! Todas as vezes que passei por Milão não me organizei pra comprar o ingresso antecipado, e para comprar na hora a fila era grande demais pra minha paciência, por isso ficou na lista para a próxima viagem.

Ingressos

Os ingressos variam de 3 a 25 euros (2019) e podem ser combinados, dependendo o que você vai visitar: catedral, cripta, área arqueológica, museu, igreja de San Gottardo, terraço e entrada rápida. Eles podem ser comprados antecipadamente no site da Duomo, enquanto a cripta e a área arqueológica tem entrada gratuita.  Os horários são variados, e se você pretende visitar no início da manhã ou no fim da tarde, confira na página de compra de ingressos se tudo o que você quer ver estará aberto.

Por fim, mas não menos importante, sentar em algum dos bares e beber uns drinks vendo a vida passar, tomar um sorvete ou se perder nas ruas nos arredores. 

Duomo

Vale lembrar ainda que esta é a área mais turística de Milão, terá muita gente, e com isso, muita gente querendo dar golpe em turista. Vão te oferecer rosas, pulseiras, para tirar uma foto sua e tudo o mais – recuse tudo e fique atento!

Endereço: Piazza del Duomo

Como chegar: de metrô, estação Duomo, linha vermelha (M1) ou amarela (M3). De bonde, Torino (Duomo), linhas 2, 3 e 14; Dogana (Duomo), linha 24.

Parque Sempione e Castelo Sforzesco

O parque é uma grande área verde – 47 hectares -bem no centro de Milão,  com direito a lago artificial, perfeito para um banho de sol, piquenique, caminhada, yoga ou ler um livro.

Bem ao lado fica o Castelo Sforzesco, uma fortaleza do século XIV que foi transformada em (vários) museus: Museu de Arte Antiga, Pinacoteca, Museu Egípcio, Museu da Pré-história e Proto-história, Museu de Artes Decorativas, Museu de Instrumentos Musicais, Museu do Móvel. A obra mais importante é Entre a Piedade Rondanini, último e inacabado trabalho de Michelangelo.

Não cheguei a entrar nos museus porque tinha pouco tempo que tinha disponível – preferi aproveitar os lugares abertos.

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Endereço: Piazza Sempione

Como chegar: de metrô, estação Cadorna ou Cairoli – linha vermelha (M1); estação Lanza – linha verde (M2). De bonde, linhas 1, 2, 4, 12, 14 e 19. De ônibus, linhas 18, 50, 37, 58, 61 e 94.

Horários e ingressos
  • Parque
    • Horário: diariamente, das 6:30 as 21h
    • Entrada: grátis
  • Castelo
    • Horário: diariamente, das 7h as 19:30
    • Entrada: grátis
  • Museus
    • Horário: de terça a domingo, das 9h as 17:30.
    • Entrada: 10 euros

Teatro alla Scala

O teatro foi construído por ordem da Imperatriz Maria Theresa, da Áustria, em 1778 para substituir o anterior – Teatro Regio Ducal, incendiado dois anos antes. A principal causa dos incêndios naquela época era a existência de uma cozinha junto a cada camarote para atender os nobres proprietários.

Curiosidade: foi o primeiro edifício público a receber iluminação elétrica em Milão.

Curiosidade 2: Os assentos do teatro eram removíveis no século XVIII, isso porque lá aconteciam bailes, festas e até mesmo torneios com cavalos.

De forma geral, é proibido fotografar o teatro, salvo nos locais com informação autorizando. Já na parque que é museu é permitido fotos para uso pessoal.

Entrada: 9 euros, espetáculos a partir de 6 euros – programe com antecedência!

Endereço: Largo Ghiringhelli 1, Piazza Scala

Como chegar: de metrô, estação Duomo – linha vermelha (M1) e linha amarela (M3). De bonde, linhas 1 e 2.

Horário: diariamente, das 9h às 17:30.

Igreja Santa Maria Delle Grazie + A última ceia

A igreja foi construída em 1463 como parte do convento dominicano e não chama muito a atenção por si só, considerando que passei ao lado e nem reparei. No entanto, grande atrativo ali é A Última Ceia, de Leonardo da Vinci, pintura original da parede da sala de refeições do antigo convento. 

A visita é bem concorrida e deve ser programada com antecedência e eu não fiz isso, ou seja, fiquei sem ver a obra.

Entrada: 10 euros

Endereço: Piazza Santa Maria delle Grazie, 2.

Como chegar: de metrô, estação Conciliazione ou Cadorna – linha vermelha (M1); estação Cadorna verde (M2). De bonde, linhas 118.

Horário: de terça a domingo, das 8:15 às 19h

Quadrilatero della moda

O quadrilátero é delimitado pela via della Spiga, via Montenapoleone, via Manzoni e Corso Venezia, ainda no Centro Histórico, a 500 metros da Galeria Vittorio Emanuelle II, e concentra as marcas mais luxuosas, do vestuário à jóias e hotéis. Sendo assim, a região é frequentada não só pela elite da cidade, mas também por famosos do mundo todo.

Quadrilátero da moda

Passei por ali em uma noite de inverno e a imponência das lojas me impressionou, principalmente porque costumo ver algumas daquelas lojas espalhadas pelas grandes cidades, mas ali estão todas elas e muitas que eu nunca tinha visto pessoalmente concentradas em 1.500m².

Passear pelas ruas não custa nada, não é mesmo?!

Transporte em Milão

As principais atrações de Milão se concentram na região central e podem ser percorridas a pé – essa é minha recomendação para que você consiga ver tudo.

Para distâncias mais longas há metrô, ônibus e bonde. Os bilhetes podem ser comprados em bancas ou nas estações de metrô e são válidos para os outros meios também. Vale destacar que malas com dimensões superiores às de mão pagam passagem, por isso você deve comprar um bilhete para levá-las no transporte público, estando sujeito à multa caso não o faça.

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O trânsito na Itália é bastante caótico, por isso eu não gosto de dirigir dentro das cidades. Considero o carro um ótimo meio para explorar o país, mas não as cidades. Para Milão eu não recomendo o uso, mas para os bate e volta a partir dali é uma ótima opção.

Além do carro, para sair da cidade você pode optar pelo trem – rápido, confortável e não tão caro; ônibus – aqueles ônibus intermunicipais ou internacionais que citei aqui; ou ainda se deslocar de avião , porém lembre que que os aeroportos são distantes do centro, considere esse tempo na hora de decidir.

Eu prefiro sempre o deslocamento terrestre: gosto de ver as paisagens através da janelinha do carro, trem ou ônibus.

Onde ficar em Milão

Sempre que estou escolhendo onde me hospedar levo em consideração o que me interessa na cidade e qual meio de transporte eu usarei.

Normalmente gosto de ficar na região central, próximo aos centros históricos ou onde há maior concentração de atrações. No entanto, isso pode custar caro e nem sempre vale tanto a pena.

Minha dica para Milão é ficar próximo à Duomo – até 15 minutos de caminhada de distância. Se isso não for possível, fique próximo ao metrô – se você estiver a 10km da duomo, levará apenas 20 minutos se deslocando.

As minhas experiências em Milão

A primeira vez que estive por lá me hospedei no Babila Hostel, no San Babila, e super recomendo! Hostel todo estiloso, preço justo, em um antigo casarão, com bom atendimento e um bistrô aberto ao público. Por conta da ótima localização, fiz praticamente tudo a pé, não tive problema algum com segurança, seja no hostel ou rua. Pra completar minha boa experiência, em uma das noites teve música ao vivo no bistrô e o cantor era brasileiro.

Quando estive lá de carro fiz questão de ficar mais afastada do centro e próxima ao metrô, isso porque não queria sofrer com o trânsito do centro, tráfego limitado e ter facilidade para entrar e sair da cidade nos meus bate e volta. Vale destacar que mesmo tendo o carro à disposição, fomos para o centro de metrô , uma vez que era mais conveniente e barato não ter que se preocupar com estacionamento.

Na região da Centrale eu fiquei no hotel The Best – boa localização, preço baixo, bom café da manhã, instalações simples e atendimento bom.

Por fim, também já me hospedei no hotel Oro Blu, um pouco mais afastado do centro, no entanto, bem ao lado da estação de metro Lotto, sendo assim fácil de chegar e sair. O hotel em si é um pouco melhor que o The Best, tanto nas instalações quanto ao atendimento, e ainda tem um ótimo café da manhã e preço justo.

Bairros de Milão

Centro histórico

  • Vantagem: é possível fazer praticamente tudo a pé;
  • Desvantagem: o preço costuma ser mais alto e algumas ruas tem tráfego restrito para residentes.

Milano Centrale

  • Vantagem: próximo ao metrô e preço mais acessível;
  • Desvantagem – não tem muitos atrativos, restaurantes ou vida noturna.

Brera

  • Vantagem: próximo aos monumentos e vida noturna;
  • Desvantagem: opções mais em conta se esgotam rápido.

San Babila

  • Vantagem: próximo ao centro, preço mais em conta;
  • Desvantagem: não é ao lado de nada, mas próximo de tudo, opções mais em conta se esgotam rápido.

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