Viajar para Tailândia não é a primeira coisa que passa pela sua cabeça quando falamos de viagem internacional, eu sei, mas quando se pensa em praias paradisíacas a figura muda um pouco. Eu vi um pouco da Europa, um pouco dos EUA, um pouco da América do Sul, dessa vez queria ir mais longe!
Essa foi a terceira viagem internacional que fiz com meus pais – já tínhamos ido para o Peru e Flórida – e a primeira para uma cultura muito diferente da nossa e o meu inglês era (ainda é, na verdade) do tipo que não vai me deixar passar fome, mas não garante que eu não seja presa. Exigiu bastante pesquisa e planejamento – eu não queria passar perrengue em tailandês!
Do começo
A Tailândia fica no paradisíaco Sudeste Asiático, tem o budismo como religião e vive uma monarquia constitucional parlamentar – o rei é o chefe de Estado e deve ser respeitado cima de qualquer coisa, qualquer ofensa a ele é considerado crime gravíssimo, mesmo que seja a reprodução da imagem dele.
Entre as peculiaridades da cultura os pés ganham destaque: são considerados a parte mais suja do corpo, você não deve colocá-los sobre bancos ou mesas e, na dúvida, tire os sapatos antes de entrar nos ambientes.
A língua oficial é tailandês, nas áreas turísticas o inglês é compreendido, mas você pode ter alguma dificuldade. O alfabeto não é latino e tem grafia muito específica – incompreensível para nós.
O Bath Tailandês (THB) é a moeda oficial do país – 100 THB correspondem à aproximadamente 3,5 USD ou R$ 14 (2019).
Documentos Necessários para viajar para Tailândia
Passaporte válido por seis meses a partir da data de entrada no país e uma página em branco. Se você ainda não tem, eu explico o como solicitar o seu aqui;
Visto: brasileiros não precisam de visto antecipado, recebem visto para permanência de até 90 dias na chegada ao país.
Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia – CIVP: exigida a comprovação da vacina da Febre Amarela. Saiba como emitir o seu.
Seguro: não é obrigatório, maaas muito recomendável. As condições sanitárias são precárias e estrangeiros não tem direito à assistência médica gratuita. Esse é um comparador de seguradoras de viagem. O preço normalmente é melhor que até mesmo o site oficial da seguradora. Há desconto de 5% para pagamento no boleto bancário e leitores do blog tem mais 5% de desconto usando o cupom UMPULONOMUNDO5 , escolhendo um deles você ajuda o blog a se manter – fazemos parte do programa de afiliados.
Como ir
A primeira coisa a ser dita aqui é que é longe! E, é claro, não há voos diretos do Brasil para a Tailândia. Algumas das companhias que te levam pra lá são: Emirates, Qatar Airways, KLM, SWISS, Turkish Airlines, Air France, Lufthansa, British Airways, Ethiopian Airlines, Air China, United Airlines.
A maioria das pessoas opta por voos no sentido leste do globo, com escala na Europa ou Emirados Árabes Unidos.
Em 2017, a United foi a minha opção. O voo no sentido oeste do globo, com escala nos Estados Unidos e depois no Japão. Foram quase quarenta horas de ida, é cansativo, mas acredite, vale a pena!
O preço da passagem é o valor mais significativo na sua viagem, prepare-se para gastar, pelo menos R$ 3.500, mesmo nas passagens promocionais.
Imigração
Muita atenção aqui! Desembarque e siga as placas indicando o Health Control – a caminhada pode ser longa, mas não desista. Eu achei que já tinha passado do local, porque não chegava nunca – o aeroporto de Bangkok é bem grande!
Você PRECISA passar lá antes de qualquer coisa. Você deverá preencher um formulário de saúde específico e entregará ao oficial junto com o arrival card também preenchido – esse é o formulário distribuído pelos comissários de bordo antes do desembarque -, passaporte e CIVP. Ele carimbará tudo e aí sim você pode seguir para a imigração normal. Se você for direto na imigração, não deixarão você passar e mandarão você de volta ao Health Control.
Quando viajar para Tailândia
A resposta direta é de novembro a março. A explicação é que de abril a outubro é o período de chuvas, que não impedirá sua viagem, mas atrapalhará. Vale também destacar que abril e maio são os meses mais quentes – quase insuportável.
Eu viajei em fevereiro e passei MUITO calor, fico só imaginando como é em maio.
Outra coisa curiosa quanto ao clima é o smog, aquele fenômeno causado pelo acúmulo de poluição, que diminui a visibilidade nas grandes cidades, mas causam um efeito interessante no nascer e pôr do sol. O fenômeno acontece mais intensamente no norte do país, durante os meses de fevereiro, março e abril, período mais seco, que favorece o acúmulo da poluição na camada atmosférica. Essa poluição é um dos principais motivos de tantos asiáticos usarem máscaras na rua. Tenha em mente que você passará alguns dias por lá, então o impacto não é tão grande, mas considere o uso das máscaras para preservar a saúde.
Quanto custa viajar para Tailândia
O custo de uma viagem para o Sudeste Asiático como um todo é bem baixo, no entanto, você pagará uma pequena fortuna na passagem aérea. Em 2016, quando recebi a notificação do Melhores Destinos com a promoção da United e decidi ir pra lá, pagamos R$ 2.800 por pessoa no voo a partir de São Paulo, com duas conexões – Chicago e Japão – e dois dias de viagem – considerando o fuso. Na volta fizemos um stop over – quando você fica por alguns dias na cidade de conexão – de três dias em Washington. O mais engraçado é que na volta a viagem é de meio dia – considerando os fusos – e chegamos em Washington poucas horas depois do horário de saída de Narita/Japão.
Hospedagem
Em Bangkok nos hospedamos na Kao San, a rua mais turística da cidade. A média do valor do quarto para três pessoas foi R$ 250. Nas ilhas Phi Phi escolhemos um resort na beira da praia por R$ 450 por noite. O valor gasto em hospedagem vai variar dependendo do seu destino, mas certamente será inferior ao que você costuma pagar para o mesmo padrão de acomodação em outras viagens.
Deslocamento
Para deslocamento interno vale a pena usar os low cost. Se você não quiser se preocupar com balsas para as ilhas, a Nok Air vende bilhetes integrados de voo + balsa – essa foi minha opção por motivo de comodidade mesmo. O valor pago foi aproximadamente R$ 500 por pessoa.
Alimentação e passeios
Uma refeição decente custa de R$ 15 a R$ 30 reais. A cerveja longnek custa a partir de R$ 6.
Passeios saindo de Bangkok custarão em torno de R$ 100 por pessoa, já nas ilhas o valor dos passeios de barco serão o dobro, e essa é a forma de a conhecer as outras ilhas e os lugares mais distantes de Phi Phi, – então você irá fazer os passeios, afinal foi pra isso que você foi lá!
E, pasmem, uma massagem de meia hora nos pés – no meio da rua – custa de R$ 10 a R$ 15.
Por fim, a Tailândia é um bom destino de compras – de todo tipo, desde bugigangas à eletrônicos ou roupas, tenha uma reserva para isso!
O que levar na Mala
Roupas confortáveis, sempre! Short e camisetas, vestidos frescos ou calças largas e leves são ótimas opções. Ainda mais se você for como eu e se incomoda com o calor com muita facilidade. Lembre-se que existe um dress code para visitar os templos budistas – é preciso cobrir os ombros e pernas. Nesse caso, saias longas e um lenço podem resolver o problema.
Nas ilhas você mal usará roupas!
Eu usei biquíni, short, camiseta e Havaianas a maior parte do tempo, mesmo nas caminhadas mais longas, como o View Point de Phi Phi.
Viajamos por dez dias com uma mala de mão e uma mala média dividida em três pessoas, isso porque seriam extremos: o calor da Tailândia seguido pelo intenso inverno de Washington, para onde fomos na sequência. Limitamos a mala de calor para poder levar roupas mais pesadas – deixamos as malas no aeroporto durante os dez dias. Além disso, o valor cobrado por low cost para despacho de mala é bem alto, desta forma, ponderamos e optamos por viajar para Tailândia mais leves. Lavamos roupa em Phi Phi uma vez, as roupas da viagem que suaram bastante na chegada. Não é preciso muito!
Viajar para Tailândia – Transporte
Antes de mais nada, saiba que estrangeiros não podem dirigir por lá! Isso é quase um alívio, porque o trânsito é um caos e lá a mão é inglesa.
Como em todo lugar turístico, é comum levar golpe de taxistas, se puder, evite. Mas se essa for sua opção, exija que o taxímetro seja ligado. Além disso, ande de tuktuk – COM TAXÍMETRO LIGADO! – pelo menos para saber como é.
Uber funcionava bem já em 2017 e foi minha principal escolha por vários motivos, por exemplo, não ser extorquida, menos chance de golpe, não precisar falar com o motorista. A opção foi muito mais pela segurança que qualquer economia.
Nas ilhas, a partir de três pessoas, contrate um barco particular para fazer o passeio – você vai onde quer e o preço por pessoa é o mesmo que fazer parte de uma “excursão”.
Internet
Recomendo fortemente que você compre um chip local ao desembarcar no aeroporto – você já sai de lá com o chip configurado e funcionando. Eu usei o True, o pacote de dados oferecido foi mais que suficiente e evitou muito perrengue pra mim. Lembro que foi muito barato, menos de R$ 50, mas não lembro exatamente quanto.
Viajar para Tailândia – O que comer
Como já falei antes, as condições sanitárias são precárias, então só beba água de garrafa, evite gelo nas suas bebidas e evite comidas cruas – saladas e frutas, inclusive. Procure beber sucos industrializados.
A comida tailandesa é bem temperada e apimentada.
Na Kao San terão inúmeras barraquinhas com insetos para você experimentar. E é claro que eu experimentei. Até hoje não tenho certeza do que comi, mas acho que foram gafanhotos. Na hora de escolher, me sugeriram esse por ser mais fácil de comer e menos crocante. Sinceramente, não gostei. Achei muito gosto de tempero pronto para disfarçar o gosto do bichinho, sabe?! Queria ter experimentado o espetinho de escorpião, mas faltou oportunidade. Algumas outras opções são: minhocas de bambu, larvas de seda, formigas vermelhas, grilos, escorpiões, aranhas, insetos aquáticos e cupim. Isso é bem coisa de turista, tanto que você pode pagar apenas para tirar fotos com a comida.
Além de insetos, experimentei pad thai, frango ao curry, arroz frito, sorvete de coco no coco, peixe local. Se você não quiser se aventurar tanto, pode seguir o exemplo do meu pai, que passou a semana comendo pizza, com medo daquela comida não cair bem.
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